Receita de ano-novo. Natal, Ano-Novo, tempo de balanço pessoal, de renovação. Sentimentos um tanto ambíguos se alternam, quando a eletricidade pelo encerramento de mais um ciclo vem acompanhada de inefável melancolia. Esse é o espírito evocado pelos poemas de Carlos Drummond de Andrade, selecionados por Luis Mauricio Graña Drummond e Daqui estou vendo o amor. A poesia amorosa de Carlos Drummond de Andrade está entre os mais altos momentos da lírica do século XX. São poucos os poetas que conseguiram falar tanto e com tanta variedade sobre as relações amorosas, os afetos, as paixões. Ao longo de sua vasta carreira, o poeta mineiro reinventou a poesia amorosa nas mais Quis empreender pesquisa de campo no domínio das inscrições no anverso e no reverso do vestuário. Desisti porque teria de elaborar um código de classificação muito complexo, tamanha a variedade de interesses humanos que se refletem numa etiqueta comercial, industrial, política, esportiva, religiosa, onírica. - Quero lasanha. Aquele anteprojeto de mulher - quatro anos, no máximo, desabrochando na ultraminissaia - entrou decidido no restaurante. Não precisava de menu, não precisava de mesa, não precisava de nada. Sabia perfeitamente o que queria. Queria lasanha. O pai, que mal acabara de estacionar o carro em uma vaga de milagre, apareceu para dirigir a operação-jantar, que é, ou era, da Carlos Drummond de Andrade. E todos, com assombrada inveja do patrão que Deus lhes deu: – Foi meeeeessssmo? Meu caro Drummond, por mais incrível que pareça, jamais guardei o que escrevi. Simplesmente, porque não acredito no que escrevo. Minhas crônicas, suporto-as, enquanto as escrevo; detesto-as logo depois, quando as releio; esqueço A esses, que chegaram ao limite das forças, acuados a um canto pela matilha, sem coragem para o último ainda que mortal arranco, é que a pergunta de Carlos Drummond de Andrade deve ser feita, como um derradeiro apelo ao orgulho de ser homem: «E agora, José?» Precisamente um desses casos me mostra que já falei demasiado de mim. SÃO LEOPOLDO, 20 DE AGOSTO DE 2007 | EDIÇÃO 232 1 Carlos Drummond de Andrade. O poeta e escritor que detinha o sentimento do mundo Editorial “No meio do caminho tinha uma pedra/ tinha uma pedra no meio do caminho.” Quem não lembra de Carlos Drummond de Andrade quando escuta esses versos já clássicos? CRÔNICA: A ERA DO AUTOMÓVEL. (João do Rio, Vida vertiginosa) E, subitamente, é a era do Automóvel. O monstro transformador irrompeu, bufando, por entre os escombros da cidade velha, e como nas mágicas e na natureza, aspérrima educadora, tudo transformou com aparências novas e novas aspirações. Quando os meus olhos se abriram para as A ideia de um site que recupere para o leitor de hoje a biografia e o legado de Drummond pode ser qualificada de um compromisso com as novas gerações de leitores brasileiros. Disponível para todo e qualquer leitor com acesso à rede mundial de computadores, o site Carlos Drummond de Andrade é um instrumento de democratização do legado de Última crônica de Drummond no respectivo jornal. Há 64 anos, um adolescente fascinado por papel impresso notou que, no andar térreo do prédio onde morava, um placar exibia a cada manhã a primeira página de um jornal modestíssimo, porém jornal. Não teve dúvida. Entrou e ofereceu os seus serviços ao diretor, que era, sozinho, todo o Prosa Em Poema - 31 de dezembro de 2018 às 12:07 am. Gente poética, este poema, do mestre Carlos Drummond de Andrade, é dedicado a todos nós, irmãos de jornada, constituídos de carne, osso, coração e desejos. Desejo que saibamos o milagre de renascer na vida, de nos reinventar, de nos renovar, como acontece com cada ano que chega a fim A crônica pode ou não ser narrativa. O texto, a seguir, do nosso poeta, contista e cronista Carlos Drummond de Andrade, é um exemplo de texto onde a narrativa não é central. Observem que nem todo o texto é predominantemente narrativo. O chamado – Carlos Drummond de Andrade. Estava no trabalho quando o telefone avisou: tinha de viajar imediatamente. Alguém, longe, morrera de súbito, e era preciso tomar o primeiro avião de carreira, depois alugar um táxi-aéreo a tempo de assistir ao sepultamento. Assim, pois, a notícia sempre esperada, como se espera, sem se desejar A alegria do poeta não foi integral, porque naquele momento sua filha, Maria Julieta, já sofria de doença que a levaria à morte no dia 5 de agosto de 1987. Carlos Drummond de Andrade morreu no dia 17 de agosto de 1987, no Rio de Janeiro, 12 dias depois da morte de Maria Julieta. Fonte: Instituto Moreira Salles (IMS) Cronologia da Vida e Obra Declaração de amor. Com o subtítulo “Canção de namorados”, esta reunião de poemas amorosos, românticos e deliciosamente apaixonados de Carlos Drummond de Andrade mostra a faceta mais lírica do grande poeta mineiro. Textos já clássicos ou que merecem uma nova leitura, como “Amar”, “Lembrete”, “Ausência”, “Toada do .
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